Mais de 300 especialistas na ESTeSC para debater o futuro da Fisiologia Clínica

A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) acolhe, entre a próxima sexta-feira e domingo, o 3.º Congresso Nacional de Fisiologia Clínica, evento que – entre profissionais, docentes, investigadores e estudantes –  reunirá mais de 300 participantes. “Networking Healthcare: o Futuro da Fisiologia Clínica” é o tema do encontro, que conta com a participação, entre outros, da antiga ministra da Saúde, Maria de Belém (numa conferência com o tema “Transformação digital na Saúde: impactos”, sábado, às 18h00), e do deputado Alexandre Quintanilha (“Despertar apara a Ciência”, sábado, às 9h30).

Em discussão estarão temas que fazem parte dos objetivos internacionais para o desenvolvimento da Saúde – nomeadamente nas áreas da Cardiopneumologia e Neurofisiologia, que estão na origem da licenciatura em Fisiologia Clínica. Evolução tecnológica, digitalização e novos materiais estarão em análise ao longo dos três dias de trabalhos, numa perspetiva de perceber o impacto que estas soluções inovadoras terão na melhoria da “prestação de cuidados num mundo que, por força do contexto de saúde pública que ainda experienciamos, se encontra em processo de transformação evolutiva, irreversível e guiada pelo binómio tecnologia-humanização”, explica o diretor do departamento de Fisiologia Clínica e Imagem Médica e Radioterapia da ESTeSC, Telmo Pereira.

O programa – disponível em http://fisiologiaclinica.com/coimbra2020/ –  integra quatro cursos pré-congresso, três conferências e quatro mesas de debate, para além da apresentação de 31 trabalhos de investigação. Discussões com impacto no futuro da Saúde, mas também dos profissionais e estudantes de Fisiologia Clínica. “Este congresso será uma oportunidade de reencontro e partilha, de grande valia para o robustecimento das redes nacionais e internacionais no âmbito da Fisiologia Clínica, e para a aproximação das academias nacionais da Fisiologia Clínica”, nota o docente.

Previsto para abril de 2020, o Congresso Nacional de Fisiologia Clínica foi sendo sucessivamente adiado pela pandemia COVID-19, uma vez que a organização não queria abdicar da componente de networking que está na origem do encontro. Esta é a 3.ª edição do congresso – organizado pelas quatro escolas de saúde que lecionam a licenciatura de Fisiologia Clínica em Portugal (Coimbra, Lisboa, Porto e Castelo-Branco) –, este ano presidido pela ESTeSC e com o patrocínio da Sociedade Portuguesa de Neurologia, Associação Portuguesa do Sono e Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Reforçar a identidade da área e contribuir para a “harmonização das práticas de ensino e aprendizagem entre os vários parceiros” são também objetivos do encontro, explica Telmo Pereira. Por outro lado, “a concentração de participantes provenientes de diversos pontos do País, e de outros países europeus, será um ensejo para vincar a centralidade de Coimbra no contexto científico nacional, e alavancar o diferenciado potencial de acolhimento da cidade e da sua comunidade”, acrescenta o docente.

Acessibilidade, sustentabilidade, solidariedade e felicidade são os quatro eixos centrais do Congresso Nacional de Fisiologia Clínica, que doará parte do valor obtido com as inscrições à ACREDITAR – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro.