#rostosestesc: Inês Penetra

“Conciliar os treinos com as aulas é o principal desafio”

Inês Penetra, aluna da licenciatura em Audiologia da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), concilia o ensino superior com uma intensa vida desportiva. Em abril, a Presidência da ESTeSC atribuiu-lhe o  Estatuto de Estudante Atleta, ao abrigo do regulamento em vigor no Politécnico de Coimbra (IPC).

Atleta de canoagem, Inês conquistou, em maio, o 1º lugar em C1 200m feminino e o 2º lugar em C1 500m feminino no Campeonato Nacional Universitário, em representação da ESTeSC-IPC.  A 13 de maio, atinge o ponto alto da sua (ainda curta) carreira, ao disputar o apuramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

 

 

Nome: Inês Penetra

Curso: Audiologia (1º ano)

Idade: 19 anos

Naturalidade: Fão, Esposende

 

Há quanto tempo pratica canoagem?

Pratico canoagem há cerca de cinco anos, mas apenas me dediquei à C1 em 2017.

 

Desde quando é que começou a levar a modalidade mais “a sério”?

Comecei a levar a canoagem mais a sério em 2018, depois de recuperar de uma lesão e quando entendi que havia possibilidade de entrar para a seleção. A entrada na seleção foi o momento-chave para dedicar a maior parte do tempo à canoagem e abandonar o judo, desporto que praticava há 10 anos.

 

Quais as principais conquistas que já alcançou enquanto atleta de canoagem?

Fui Campeã Nacional em 200m na categoria de Júnior, em 2019, e, em 2020, no meu primeiro ano de sénior, fui campeã nacional na C1 200m e C1 500m.

A nível Internacional, em 2019, consegui representar a seleção na categoria de Júnior (em C1 200m e C1 500m) no Europeu de Juniores e Sub23, na República Checa.

Mas a maior conquista foi mesmo alcançada na Seletiva Nacional (23 de abril de 2021), quando eu e a minha parceira Beatriz Lamas conseguimos fazer o tempo na C2 500m para participar no Apuramento Olímpico Continental, que se realiza a 12 e 13 de maio, em Szeged, Hungria. E, ainda, participar na Taça do Mundo, na C1 200m e C2 500m, que se realiza no mesmo local.

 

Como é que surge a licenciatura em Audiologia no meio deste percurso desportivo?

A licenciatura em Audiologia surge como uma alternativa à Fisioterapia. Sempre quis seguir um curso da área da Saúde, mas não consegui entrar na licenciatura que inicialmente tinha ponderado. Decidi optar por Audiologia.

 

Quais os principais desafios de quem tenta conjugar uma carreira desportiva com o Ensino Superior?

O principal desafio é mesmo conseguir conciliar os treinos com as aulas e tentar acompanhar os assuntos abordados nas aulas a que não consigo ir, devido aos estágios da seleção. E ainda estudar no pouco tempo livre que tenho, mesmo cansada dos treinos.

 

A atribuição do estatuto de Estudante Atleta vai ajudar nesta caminhada?

Apesar de já ter muito apoio dos professores em relação à minha situação, nomeadamente quando tenho de faltar a algumas aulas para participar nos estágios da seleção, tenho a certeza que a atribuição do estatuto ajudará imenso. Acredito que a partir daqui será mais fácil conseguir conciliar a canoagem com os estudos, o que neste semestre tem sido muito difícil devido à quantidade de provas que tenho.